segunda-feira, 24 de maio de 2010

El examen

Todos vosotros sabéis que llevo casi nueve meses estudiando aquí en España. Mas, no sé si todos sabéis que hasta mi viaje a Valencia yo no había tenido ninguna clase de Castellano. Fue molesto, pero gracioso.

Aunque a muchos os gustaría que yo hablase de estos momento de errores, no os contaré. No ahora. Es que justo hoy es el día que haré mi examen de Español y, por tanto, diré de los aciertos. La idea es poner en este post algunas frases que representen las reglas que tengo que saber. Algunas ya os he escrito. Fijaos en la utilización de los tempos verbales, preposiciones y pronombres.

Me gustaría poder decirlos que ya lo sé todo, pero no es verdad. Si supiera todo yo podría parar de escribir e irme comer pronto un buenísimo menú. Ojalá aún haya comida.

Es claro que también quiero estudiar, pero no comprendéis. Es injusto que las personas que lleguen a las dos menos cuarto en el café tengan que estar en cola por casi media antes de comer. Claro que no es cierto que se pase esto, pero no es fácil mirar un montón de gente comiendo cuando se esta con hambre.

La verdad es que, a pesar de tener que estar siempre atento a los horarios, me encanta vivir en Valencia. Las personas son felices, la paella es buena, la ciudad es bonita, el clima esta muy agradable y las peles están cortas! En serio, pienso que España es el mejor país para vivir en Europa y no creo que haya aquí una ciudad mejor que esta. A los madrileños no les gusta que les digan eso, pero saben la falta que hace una playa. A los catalanes no les molesta pues a ellos les da igual lo que los otros digan, Barcelona es Barcelona y ya está (¿No les parece que es así?).

Al final busco un texto que sea gracioso y educativo, pero no sé si lo he conseguido. Por eso, os pido, decid mis errores. Es claro que hay algunos que no los he encontrado. Decímelos!

Venga,
Henrique Luz

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tosqueira na Toscana!

Tchau!

Pra quem nao sabe, estamos - eu e gabi - em terras italianas. Depois de tirar as fotos necessarias com a torre de pisa, onde chegamos de Ryanair (Rayan, pros intimos), partimos pra Firenze, no foco do renascimento: terra de esculturas bonitas, pinturas famosas e grandes escritores e cientistas. Parece que aqui o pessoal tambem se amarra nas Tartarugas Ninjas... tem Michelangelo pra ca... Leonardo pra la... Donatello... a turma toda, impressionante!

Fora que a cidade - a beira do rio fiume arno - e linda e que foi otimo se perder nessas ruelas e se deparando com piazzi e igrejinhas ou até com uma estatua de David, tem algumas coisas estranhas por aqui.

Acostumados com as deliciosas barraquinhas de salsicha em Praga, andando perto da piazza ambrosio em florencia, eis que surge algo que relembra tal estabelecimento. Mas... quando chegamos perto... vimos que o que as pessoas estavam comendo em um pao se parecia mais com um kebab molenga. Nesse momento ja tinhamos perdido a fome, mas quando nos aproximamos da bancada deu pra ver o ragazzo cortando um monte de Tripa! Putz... nojento!

Enfim... tamo correndo aqui pra veneza.

Beijos,
Henrique e Gabi.

p.s. perdao pela falta de acentos

domingo, 15 de novembro de 2009

E Tempo de Pic-Nic


Para quem acha que aqui já deve estar o maior frio, muito se engana. Semana passada até deu uma esfriada mas hoje já estava com um sol quentinho de novo. Repara que quando eu digo "esfriada" não vai nem pra menos de 10 grados.

Hã! Eu nem ia comentar sobre isso não, mas já que eu comecei o assunto. É muito engraçado a diferença do que é frio pra cada um. Uma belga que tava de visita pela cidade, quando voltou pra casa logo colocou uma foto no Facebook do termômetro da rua (igualzinhos aos do Brasil) marcando 20°(!) pra tirar onda com a cara dos amigos. Já o coitado do estudante de Manaus, que nunca soube o que era menos de 22°, já tava batendo queixo.

Enfin... continuando: Aproveitando o tempo favorável, Cristina (Italiana - como metade de Valencia) agitou um Pic-nic (idéia de Karina "Chilindrina"). Criamos um evento num Facebook (o mundo daqui gira em torno desse treco) combinando para às 14:00 na estação de metro Facultats (faculdade em valenciano). Fora que depois lembramos que tinha quatro saídas, foi até fácil de encontrar as pessoas - não conhecia todas.

Eu cheguei praticamente em cima da hora, já sabendo que não ia encontrar ninguém. Passei de bicicleta pelas 4 entradas e não encontrei nenhum conhecido. Na terceira tinha uma loura com cara de calouro (sabe aquela, de alguém meio perdido querendo parecer, inutilmente, que está super confortável) que desconfiei que devia ser do grupo. Depois de comprar um El País (com a caneca dos Beatles) voltei pra 3e e encontrei a Cristina conversando com a loura, que se chama Eva e é Suíça (muito atrasado pra ela é 5 min...).

Até as 14:20 já tinham chegado todos os franceses (3 no total) e uma Portuguesa, até às 14:30 metade dos italianos (perdi a conta de quantos) e, às 14:45, quando chegou o último habitante da bota, eu disse que era melhor que partíssemos que eu ia avisar para os brasileiros nos encontrarem lá.




O Pic-Nic foi bem divertido. Conversa com os amigos - novos e velhos- comida, bebida, música, brincadeiras... a Gabi vai adorar quando chegar aqui!!!

Abraços!
Henrique Luz

Obs: Sábado teve aula de espanhol no mercado central. A lição era conversar com os vendedores, descobrir o nome dos ingredientes e preparar uma receita brasileira. Eu e Cleo (quem me conhece sabe que foi praticamente só ele) preparamos uma moqueca! Ficou show de bola. Uma foto para os descrédulos!



sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Valenciando

Oi, amigos!

Estava a um tempo sem aparecer aqui, né? Pois é... a vida em valencia está em 220V - muita intensidade!! As aulas começaram, arranjei um cubículo pra trabalhar na faculdade, estou aprendendo escalada, participando de um grupo de montanhismo, já toquei meu pandeiro em uma festa de brasileiros, participei do dia mundial sem carros daqui, estou conhecendo gente do mundo inteiro e, o que é mais importante, tô começando a fazer novas amizades!

Então, como diria Jack, vamos por partes:

As aulas: Tô fazendo quatro disciplinas ou, como se diz aqui, assignaturas. Uma sobre o mercado de energia (geral, mas com ênfase na espanha/UE), uma de "energia e meio ambiente" - quero ver como o pessoa daqui vê o assunto, uma sobre impactos ambientais de sistemas energéticos (parte de minha tese) e outra sobre energia solar térmica. Todas me pareceram muito boas e os profressores estão mandando bem. Os alunos também, na maioria das vezes, fazem comentários bem pertinentes. Mas, repara só na pergunta do rapaz (traduzida para o português em um linguajar coloquial):

- Então professor, eu tava pensando... Tem o problema do aquecimento global e tal... as pessoas estão consumindo cada vez mais enegia... as plantas de geração de energia elétrica, mesmo as  de fontes renováveis, causam impactos ambientais... Então, quão seria a solução ( até aí tava bacana...) que não a Energia Nuclear?(!?!?)

Ha! O cara já tinha a resposta, é ótimo. O futuro pode até dizer que ele tá certo (quando derem um bom destino pros resíduos), mas é evangelismo demais pro primeiro dia de aula... Continuando (vou correr mais que eu tenho que sair daqui do bar).

O cubículo (vulgo salinha): Manero e é ótima pra trabalhar. Mas ainda não conheci meus vizinhos - estou sozinho na minha salinha.

Escalada: Pra quem gosta, aqui é um paraiso da escalada. Pra começar, no meio do campus tem um "bolder" (acho que se escreve assim) bem grandinho, aberto e com chão emborrachado pra que qualquer um possa chegar. Depois um cara me mostrou o rocódromo. Na primeira parte disso tem uma paredona que as pessoas tem aula - até aí manero. Mas cara, depois que passa uma outra divisória do pavilhão aparece uma parede gigante (com uns 15 metros de altura) que é tipo uma rocha artificial (tem que usar as corda). Irado. Um dia eu chego lá.

Montanhismo: A galera é bem legal e os lugares são ótimos. Semana passada fomos a Montajeros. Foram várias subidas e descidas terminando em um fonte de aguas termais - só que a agua ainda era fria para  padrões sudamericanos.

Vista de um dos topos


Subimos em um represa



Putz, não deu pra falar tudo. Depois eu conto o resto.

Grande Abraço,
Henrique

p.s.: se você ficou encomodado com a frase "220V - alta intensidade!" porque voltagem é tensão , você é um dos meus. Mas, relaxa, como a resistência tá sendo baixa, o comentário procede.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amigos e Paellas

OPA!!!

Amigos, acho que todos sabem. Mas como é bom encontrar vocês e poder falar e agir naturalmente, e ser esse Henrique que conhecem.

Enfim, esse fim de semana tive o prazer de encontrar a Fernandinha e falar um gostoso e sonoro: Opa! - coisa que não tenho feito a algum tempo.  Nos divertimos a beça. Pude saciar minha vontade de fazer todas as piadinhas que me vinham a cabeça - pra quem conhece sabe que ela é ótima pra isso. Fizemos um passeio "completo express" por valencia: Cidade Velha, Mercado Central, Bar El Kiosko (comemos Paella Valenciana, a original), Catedral, Jardins de Turia, Cidade das Artes e das Ciências... e mais. Tudo isso só no sábado (e ela chegou às 13 horas) e nem precisamos correr - mas a bicicleta ajudou um pouco.

Vejam algumas fotos do passeio:

Mercado Central

Paella Velenciana

Catedral

Vocês sabiam que é aqui que fica o.... Santo Graal!!!!!

Fiquei muito feliz com isso. Tava a maior tempão procurando por ele. E ainda por cima enfrentei um monte de problema pelo caminho... teve um francês que ficou me zoando, um coelho assassino, guerreiros NI! e ainda quase errei a minha cor favorita... mô doidera.

Por último, olha a gente andando de bici...


Tenho que aprender logo qual é o corrrelato espanhol do "Opa!". O "Hola!", definitivamente, não tem o mesmo efeito. Suspeito que eles usem o "Vale!" para isso também. Se for, vou ficar decepcionadíssimo com o linguajar daqui e vou usar o "Opa!" mesmo até eles entenderem.


Abraço,
Henrique

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Viagens

Hoje fiz minha primeira viagem para fora de Valencia.

- Mas como assim? Você nem nos falou direito da cidade e já tá passeando por aí? E os museus, as igrejas, os jardins, os monumentos? E aqueles lugares charmosos no meio da rua que você me disse que tem encontrado?...

Antes de explicar o motivo, vamos deixar de pressinha por que eu vou contar tudo por aqui, aos pouquinhos, ok? Além disso, essa fuga foi altamente justificável: comprei minha magrela! (a galera na torcida griiiiiita!!!!!)

Por enquanto ela, minha bici, ainda não tem nome. Mesmo sabendo que já teve outro dono - é de segunda, já estou a chamado de minha querida, pequena  ou outras referencias semelhantes. Como vocês podem perceber, rolou um clima.

Para os românticos eu diria que ela é charmosíssima. Vermelhinha, com cestinha e guidão em curva no melhor estilo parisiense.

Já, para os iniciados, diria que é uma "completinha padrão".  A marca é Conor - não conhecia mas o pessoal daqui fala muito bem dela, o cambio é Shimano SIS com Rapid Fire, bagageiro para os meus alforges, banquinho bacana e pneus magrinhos. Enfim, o mais importante é que ela roda que é uma beleza.



Eu sei que ela está meio longe, mas foi o máximo que consegui. Ela ainda está meio tímida.

A viagem serviu para amaciá-la. O lugar, que se chama Parque Natural de l'Albufera, é pertinho daqui, uns 12 km - no Rio eu não chego nem perto da casa da Raquel com isso, mas fiquei impressionado como só tive que percorrer, partindo da porta da minha casa, alguns poucos metros sem ciclovia. No caminho, por exemplo, tem uma ponte que metade dela é só para bicicletas.

 
Com relação a minha performance no pedal, foi decepcionante. Tô pedalando pior que minha mãe. Todo mundo me passava... O que pude fazer foi fingir que estava só passeando. A cestinha na frente foi estratégica. Além de ser muito prática pra fazer compras - fiz hoje - ela me tira qualquer compromisso com a velocidade. Vejam um exemplo da minha falta de prática:


Abraço,
Henrique
p.s.1: Desculpa mãe, não resisti a piadinha.
p.s.2: Amanhã chega a minha primeira visita, Fernandinha. Êêê....

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Casita

No anuncio dizia: na Cidade Velha (o equivalente ao “intramuros”), 35 m², 1 dormitório. Tudo mentira.

Pra começar, ela, minha querida casinha, está localizada em um sub bairro chamado Bairro del Carmen. Para vocês entenderem o charme do lugar, imaginem um diminuto Bairro Peixoto (tem algum não carioca lendo esse blog?) localizado do lado da Lapa. É aí que estou. Vejam as fotos da vista das minhas duas janelas:

Janela 1 (Quarto) 
Janela 2 (Sala/Cozinha)

Quanto à área, prestenção. Vejam quantos ambientes – reparem como são amplos - temos aqui. Começando pelo basicão:
Quarto
Banheiro
Sala 
Cozinha (Junto da sala)
Tá achando que acabou? Vai vendo:
Escritório 
Sala de Jantar 
Closet (heheheh...)
E, quando eu achei que íamos embora do apartamento, descubro que mi piso tienes una terraça! Onde posso estender a roupa e, que os vizinhos me aguardem, reunir os amigos para fazer um som (será?).

Aí você deve estar pensando:
- Ah... mas então não era tudo mentira! Eu só vi um dormitório. Como é que eu vou aí te visitar então? Vais me fazer dormir na sala, chico? Hã!

Ahá! Deixei o melhor pro final.

Desde que fui pela primeira vez na casa do meu tio Beto em búzios, em 1900 e Cruzado Novo, eu tenho vontade de ter aquilo que ele tinha na sala. É tipo um teto rebaixado – ou um sótão todo aberto – que abrigava um singelo quartinho.
 
Pois é... Como se pode concluir, yo lo tengo! Fica no meu quarto, tem uma somente uma caminha de solteiro – e agora as minhas malas também. Mire las fotos:
E o mais importante, as portas estão abertas para recebê-los.

Vale!
Henrique

p.s.1: Tenho medo. Muito medo. É a porta. Elá só abre por dentro e não tem cartão da sulamérica que o faça abrir - e olha que esse cartão tem história. Ou seja, morando sozinho, se esqueço as chaves estou na rua!
p.s.2: Mãe, qual é mesmo o nome desse negócio que tem o quartinho? Acho que é mesanino, né?